Pra limpar um pouco o corpo dos excessos das férias um jejum de 1 dia apenas pra dar um up! O certo mesmo seria fazer um jejum de pelo menos 3 dias, mas aí seria interessante em um espaço mais natural e tranquilo do que São Paulo.
Segue um texto interessante sobre jejum:
Vegetarianismo e Jejum
retirado do blog
http://frugivorismo-811.blogspot.com/2011/01/vegetarianismo-e-jejum.html
Pergunta: "Você recomenda o jejum como um método para desintoxicar o corpo? Eu passei a ser vegetariano recentemente."
Sempre que se faz jejum, o corpo deixa de se ocupar com a digestão. Nesse período, ele pode se ocupar com a eliminação das células mortas, das toxinas. É como se fosse um dia em que você estivesse de folga e ficasse em sua casa fazendo faxina. Durante a semana toda você esteve tão ocupado e envolvido com outras atividades que não pôde limpar a sua casa. Quando o corpo não tem nada para digerir, ele começa a fazer uma faxina em si mesmo. Começa um processo espontâneo de jogar fora tudo aquilo de que você não precisa. O jejum é um método de purificação. De vez em quando, o jejum é muito belo - não fazer nada, não comer nada, só descansar. Tome tanto líquido quanto puder e simplesmente descanse - assim, o corpo fará uma limpeza em seu organismo.
Às vezes, se você achar que é necessário um jejum mais longo, pode fazer, mas tenha sempre muito amor pelo seu corpo. Se sentir que o jejum está lhe fazendo mal de alguma forma, interrompa-o. Se ele estiver beneficiando o seu corpo, você irá sentir-se mais cheio de energia, rejuvenescido, revitalizado. Esse deve ser o seu critério: se começar a perceber que está se sentindo mais fraco, se começar a perceber um tremor sutil, então, cuidado - deixou de ser uma purificação e tornou-se destrutivo. Pare!
Antes é preciso aprender toda a ciência do jejum. Na realidade, convém fazer o seu jejum perto de alguém que já tenha prática e conheça todo o processo muito bem, todos os sintomas. Depois de um jejum verdadeiramente purificador, você se sentirá renovado, mais jovem, mais limpo, mais feliz. O corpo funcionará melhor, pois foi descarregado de impurezas. O jejum, no entanto, só é necessário se você come do modo errado. Se você não tem uma alimentação ruim, não há necessidade de fazer jejum. Isso só é necessário quando você já fez muita coisa errada com o seu corpo - e todos nós comemos do modo errado. O homem perdeu o rumo na alimentação. Nenhum animal come como o ser humano deste planeta, eles só comem alimentos selecionados. Se você levar uma manada de búfalos para o pasto, eles só comerão um tipo específico de capim. Não comerão tudo o que virem pela frente, eles são muito seletivos. O homem, no entanto, está completamente perdido, não tem intuição alguma nesse sentido. Come qualquer coisa. Na verdade, é impossível descobrir algo que não sirva de alimento ao homem. Em alguns lugares comem-se formigas. Em outros, cobras. Em outros, cachorros. O homem come de tudo. Ele é simplesmente louco, não sabe o que está em sintonia com o seu corpo.
O homem deveria ser vegetariano, porque o seu corpo foi feito para digerir vegetais. Até os cientistas admitem o fato de que toda a estrutura do corpo humano mostra que não se deveria comer carne. O homem descende dos macacos (é um primata). Os macacos (e os gorilas, em particular) são vegetarianos - absolutamente vegetarianos. Ora, existem formas de se deduzir se uma espécie de animal é vegetariana: por exemplo, a extensão do intestino. Tigres e leões têm intestino curto, porque a carne que comem já é um alimento digerido. O trabalho da digestão já foi feito por outro animal. O homem tem um dos intestinos mais longos que existem: isto significa que ele é vegetariano. É preciso uma digestão longa e haverá muitos detritos que precisarão ser eliminados.
Se o homem não é carnívoro, mas continua comendo carne, o corpo fica sobrecarregado. No Oriente, todos os grandes praticantes da meditação - Buda, Mahavira - enfatizavam esse fato. Não era por causa dos conceitos de não-violência - isso é secundário -, mas porque, se você realmente quer entrar em meditação profunda, seu corpo precisa ficar mais leve, natural, fluido. Precisa estar descarregado, e o corpo de uma pessoa que come carne rotineiramente vive extremamente sobrecarregado.
Observe o que acontece quando você come carne: quando matam um animal, o que acontece naquele momento? Evidentemente, ninguém quer ser morto. A vida quer ser preservada, o animal não está morrendo por vontade própria. Agonia, medo, morte, angústia, ansiedade, raiva, violência, tristeza - todas essas coisas surgem no animal. Como consequência, o corpo dele se enche de toxinas, de venenos. Todas as suas glândulas liberam venenos, porque o animal está morrendo com muita relutância. E, depois, você come essa carne envenenada. Toda a energia está envenenada e esses venenos vão para o seu corpo.
A carne que é comida por você pertenceu ao corpo de um animal. Ela existia para um determinado propósito. Havia um tipo específico de consciência no corpo do animal. Você está num plano superior ao da consciência do animal e, quando você come a carne dele, seu corpo vai para um plano inferior, vai para o plano do animal. Surge, portanto, uma discrepância entre sua consciência e seu corpo, o que irá causar tensão e ansiedade em você.
Você deve comer coisas que são naturais para você. Coma frutas, nozes, verduras e legumes sempre que puder. E o mais bonito é que não é possível comer essas coisas exageradamente. Tudo o que é natural para você satisfaz rapidamente, porque sacia. Se algo não é natural, nunca o deixa totalmente satisfeito. Fique tomando sorvete: nunca você se sentirá saciado. Isso ocorre porque você não está comendo de acordo com as necessidades do seu corpo, você está comendo apenas pelo sabor. A sua língua tomou o controle da situação.
A língua nunca deveria estar no controle. Ela nada sabe sobre o estômago. Nada sabe sobre o corpo. A língua tem um propósito específico: sentir o sabor do alimento. Ela deve julgar, e apenas isso, que tipo de comida faz bem para o corpo. É a guardiã da porta, não o mestre. Quando a guardiã da porta se torna o mestre do corpo, tudo fica confuso.
Fonte: Osho, Corpo e Mente em Equilíbrio, Editora Sextante, 2008. ISBN 978-85-7542-349-
